Grande potencial de crescimento da Cultura de Espargos Verdes
Título: Produção de Espargos Verdes
Tema: Agricultura intensiva
Promotor: Villabosque – Produtos Agrícolas, Lda.
Local: Santarém ; Lisboa e Vale do Tejo
Programa: PDR2020
Custo total: 486.152,47 € Financiamento comunitário: 205.147,06 €
Financiamento Nacional: 36.202,43 € Financiamento privado:244.802,98 €
Síntese
Produção e comercialização de espargos verdes de regadio (em regime intensivo numa exploração agrícola de 5,83 ha), utilizando técnicas avançadas de produção, processamento, conservação e embalamento dos mesmos através de equipamento próprio e métodos inovadores.
Enquadramento
Do ponto de vista económico a cultura do espargo, especialmente o destinado ao consumo em fresco, tem-se notabilizado em vários países da Europa. A cultura tem assistido a um grande desenvolvimento técnico e económico e a sua procura torna-a numa das culturas economicamente mais interessantes. É de prever um crescimento regular da procura de espargos a nível nacional, com uma preferência pelo espargo verde. A precocidade da cultura em Portugal (devido às condições edafo-climáticas) permite antecipar a colocação do produto no mercado quando comparado com os restantes países da Europa.
Utilizando as técnicas mais modernas/inovadoras de produção integrada, e o aconselhamento de um dos maiores especialistas mundiais em produção de espargos verdes, foi implementado este projeto numa região (Ribatejo) onde desde sempre nasceram espargos selvagens.
Devido ao seu local de plantio, em terras argilosas com um alto teor de calcário, que lhes dão um sabor único e característico, foi possível produzir um produto de qualidade e com características únicas.
Objetivos
– Tornarem-se um dos principais produtores e empresa de referência na produção de espargos verdes em Portugal;
– Conquistar uma parte forte do mercado de espargos verdes a nível Nacional;
– Exportar para os mercados de Espanha e França;
– Criar uma marca própria e de referência Nacional;
– Produzir um produto de qualidade reconhecida.
Descrição
Produção e comercialização de espargos verdes de regadio, utilizando técnicas avançadas de produção, processamento, conservação e embalamento dos mesmos através de equipamento próprio e métodos inovadores.
Destaca-se o sistema de rega, que tem em conta uma boa utilização dos recursos hídricos (instalação de sondas de humidade do solo e pluviómetro) e um bom controlo da fertirrega, bem como a tecnologia de colheita utilizada (utilização de um sistema semiautomático de colheita) a prática de receção e arrefecimento dos espargos, garantem uma adequada otimização de recursos, produtividades e tempo de vida útil da plantação, bem como uma rentabilidade acima da média. Outra inovação é a introdução de um sistema de estufim com arcos flexíveis e a introdução de uma máquina de recolha e espalhamento da tela.
Refira-se que o equipamento de lavagem e tinas de imersão a instalar apresentam igualmente características inovadoras evitando desperdícios. Também o calibrador e tinas de retenção apresentam um excelente rendimento, permitindo funcionar apenas com um colaborador tornando a cultura mais rentável. O embalamento é efetuado de forma semiautomática.
Resultados
Após 3 anos desde o início do projeto e 2 colheitas, foi possível criar e lançar a marca de espargos “VILLABOSQUE – Espargos Verdes do Ribatejo” a nível Nacional, tanto através de pequenos distribuidores e lojas de produtos hortícolas, como na rede de lojas Pingo Doce e ainda proceder à exportação de uma grande parte da produção para o Mercado Espanhol, valorizando a sua qualidade e características únicas assim como a sua produção localizada e regional.
Foi obtida a certificação GLOBAL.G.A.P. e cumpridos todos os critérios ambientais, tanto ao nível de produtos fitofarmacêuticos, como de fertilizantes, recursos hídricos e energéticos. Foi igualmente obtida a certificação GRASP referente às práticas sociais na exploração.
Foram realizados Workshops dedicados à produção e comercialização dos espargos verdes, incentivando a criação de mais produções, permitindo desse modo o aumento da produção Nacional, com vista a entrada em novos mercados.
Colaboram desde há dois anos com empresas de produtos fitofarmacêuticos em testes de campo de novos produtos e participaram num projeto desenvolvido pela CEBAL- Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Alentejo com o objetivo de encontrar formas de utilizar os subprodutos resultantes da produção dos espargos.
Contacto
Nome: Rui Paulo Sousa
Morada: Rua do Matotinho n.º 9 (Quinta do Bosque), Lamarosa 2005-120 Abitureiros
Telefone: 00351919833023 E-mail: rui.sousa@villabosque.pt